O amor de Julieta e Romeu está sempre emparedado /
preso na torre de um castelo medieval /
nas masmorras do castelo de Windsor /
Entre os olhos que se fitam /
há muitas pedras de castelo e abadias
separando os olhos de Romeu e Julieta /
mas não o olhar /
que atravessa paredes e muralhas /
O amor de Romeu e Julieta /
é um amor sempre impossível de realizar /
por isso se torna um amor gravado no ideal /
conquanto seja real /
esteja arraigado no verde arrastado das ervas em seus olhos /
no azul das flores que se refletem nos Narcisos em seus olhos /
iluminando as flores azuis que adornam ervas vagabundas como filósofos cínicos /
O amor de Julieta muita vez é do homem e da mulher maduros /
já casados e com filhos /
que constituem uma parede intransponível /
dentro das quais o condenado vive sob o peso de uma máscara de ferro social /
que lhe esconde a face de Romeu /
o rosto de Julieta /
Mais que famílias Montequio e Capuletos /
cujos inimigos são os patriarcas das respectivas famílias /
o amor de Romeu e Julieta reais /
sem as máscaras desses nomes /
é um amor que tem inimigos /
inimigos de um amor que não pode ser /
nem vir a ser no vaivém dos atos e fatos /
É um amor contra todas as adversidades /
adversários nos filhos /
e esposas e esposos envolvidos /
ódio avoengo /
ódio atávico anterior ao caso em subsunção shakesperiana de Romeu e Julieta /
ódio cultivado por todos nós /
que ficamos frustrados e indignados com o amor real /
um amor real temerário que sai do âmbito das idéias e se realiza /
deixando de ser simples ideal e se constituindo numa afronta cruel /
que ofende a todos nós frustrados /
impedidos de viver sob o amor real /
porque temos o dever de viver longe do amor real /
e apenas casados com o amor ideal /
regulados que somos pelo Direito e pela economia /
Amor que preciso atribuir o nome de Marília Bela /
Beatriz ou Natércia /
quiçá Lolita ou Lilithy
a alguém que não se chama assim /
Trágico este amor de Romeu e Julieta /
pois morre do veneno de um casamento infeliz /
da peçonha institucionalizada que leva à velhice triste, sombria /
porquanto a amada não tem sequer sombra de Messalina /
Este amor nos faz viver e morre como um monge /
solitário a vida inteira sobre a face torturada da terra /
monja e monge que cultivam apenas na terra do coração amores-perfeitos /
embora morram virgens e sem encarnação deste amor /
que continua vivo na idéia de Platão /
representada no teatro pela tragédia cruel do poeta Shakespeare /
e no teatro da vida /
pelo que vai em verso sincopado pelo sangue que cada coração ritma /
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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
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